Por que nacionais?



Eu já venho com essa ideia há muito tempo: queria um lugar para qual todo mundo pudesse ir quando quisesse conhecer artistas novos e, de preferência, nacionais. Tá, mas por que nacionais? Porque a gente tá acostumado a procurar por referências de fora, seja para livros ou para músicas – ou qualquer outra manifestação artística. Temos esse hábito bem feio de acreditar que o que é de fora é melhor do que os produtos criados aqui no Brasil.

Com livro a coisa é séria.

Não estou falando de Literatura Clássica Nacional – esqueçam por um momento Machado de Assis, José de Alencar ou Clarice Lispector. Estou falando desses jovens escritores, publicados ou não por uma grande/pequena/não-existente-mais editora; pessoal que está ralando nas redes sociais e nas plataformas online de publicação e compartilhamento de suas histórias. Tem muita coisa boa ali, coisa que, geralmente – quase sempre mesmo – a gente não dá muita bola porque

1) nunca acessamos esse tipo de sites e não temos esse tipo de gente nas nossas redes sociais;
2) nunca ouvimos falar nessa criatura que escreveu aquilo;
3) os caras nem sempre têm dinheiro para contratar um bom designer e a capa nem sempre chama atenção, já que são eles mesmos que fazem usando um programa gratuito com imagens gratuitas e de baixa qualidade;
4) tu acaba achando que pode ter uma história parecida daquela só que escrita por “gente grande”, então, por que se dar ao trabalho?
5) ou simplesmente não gosta do que é publicado aqui. Simples. Ponto.

Existe preferência pessoal e existe um negociozinho chamado “preconceito literário”, e nem estou falando sobre gêneros literários ou coisas assim, estou falando especificamente do que é publicado aqui X o que é publicado lá fora. Mas você pode vir e citar motivos pelos quais prefere não ler o que é escrito aqui:

1 – Geralmente os nomes dos personagens são em inglês, o que não faz sentido se a história se passa no Brasil. “Ninguém aqui se chama Clare ou Adrian, parem!”
2 – Geralmente a história se passa em qualquer outro país que não o Brasil, o que não faz sentido se o autor é brasileiro e provavelmente nunca saiu de sua cidade natal. “Nova Iorque, sério? De novo?”
3 – Geralmente a escrita e o estilo se parecem muito com os dos autores internacionais de Best Sellers e os autores nacionais acabam usando expressões que não fazem sentindo na língua portuguesa. “Ninguém aqui fala assim!”

O escritor é aquilo que ele lê. E estamos acostumados a ler o que mesmo? EXATAMENTE! Literatura estrangeira! Então, obviamente, nosso estilo, no início, se parecerá muito com o de algum autor que você já leu cujo livro foi adaptado para o cinema com péssimos atores bonitos. E tá tudo bem, tá mesmo. Você já pegou o primeiro livro de um escritor estrangeiro? Sabe o estilo dele? Sabe as expressões? Sabe o ritmo? COM CERTEZA é tudo influenciado por um outro escritor. Logo, essa desculpa de não querer ler livro nacional porque se parece com livro de fora não faz sentido, porque os de fora se parecem os livros de fora mais antigos também. AHÁ!

Nunca vou dizer que só tem coisa boa escrita aqui. Nunca vou dizer que só tem coisa ruim escrita lá fora. Ou vice-versa. Só acredito que devemos dar uma chancezinha para algo novo se você for o tipo de pessoa que dá chance para coisas novas. E juro que não vou te julgar como chato se não quiser. Tá tudo bem, tá mesmo. Acredito que, se formos parar para pensar, estamos nos privando de conhecer literatura nova apenas porque temos todas as ideias antigas (e erradas) de que é ruim apenas porque é novo e nacional.
Então, se você não é o tipo de pessoa que vira a cara quando vê um livro nacional feito por gente novinha da qual você nunca ouviu falar, aqui é o seu lugar. Aqui é o cantinho feliz dos livros nacionais. Aqui terão dicas, resenhas, entrevistas com essa gente novinha que está aí batalhando e escrevendo e muitas outras coisas boas que vão aparecer no decorrer da jornada. 

Só Nacional é coisa boa <3


Escrito por: Marcia Bastilho

Comentários

  1. Adorei a ideia do blog! Muito boa sorte com ele, marcinha <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Le! Logo logo teus bebês vão estar aqui também! (conseguiu ver o deixe-me na foto?)

      Excluir
  2. Amei a ideia do blog. Vou acompanhar :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oba! Tomara que te veja sempre por aqui e gostando das postagens <3

      Excluir
  3. Ótima ideia! Parabéns pela iniciativa!

    ResponderExcluir
  4. Mentre la DS4 è un'edizione colorata orologi rolex replica del Rolex Daytona 116520, la DS7, che si basa sullo replica orologi rolex stesso riferimento, si ispira tuttavia alla Daytona vintage orologi replica rolex prodotta da Rolex negli anni '60 e '70. orologi replica contrassegno
    In particolare, il DS7 mostra un quadrante che trae orologi replica siti affidabili ispirazione dal modello che i collezionisti chiamano Paul Newman.

    Le modifiche apportate da Project X Designs non sono Breitling replica banali: finitura satinata della cassa, cinturino e parte superiore delle omega replica corna, eradicazione della protezione della corona, sostituzione della ghiera originale con una ghiera in bachelite personalizzata, sostituzione del Panerai replica quadrante origine da un quadrante personalizzato, cambio di aghi e incisione del fondo della scatola.
    High-end fashion classic replica watches, worth collecting.www.vipwatches.co

    ResponderExcluir
  5. In occasione del centenario del marchio, Omega ha lanciato il Centenary Centennial Watch nel 1948,audemars piguet replica che è il primo orologio in edizione limitata con movimento a carica automatica Omega e certificazione dell'orologio di precisione.replica audemars piguet Il Centenary Centennial Watch combina precisione e praticità con la risposta positiva del mercato Omega ritiene che l'orologio per il rilascio della serie di orologi automatici di precisione sia maturato.

    ResponderExcluir
  6. El 5960 original, lanzado en 2006, fue el primer cronógrafo interno producido por Patek, por lo que no es sorprendente que la marca quiera asegurarse de obtener estas iteraciones de acero a la perfección, ya que agrada a los coleccionistas, entusiastas y, por supuesto,replicas relojes el reloj aspiracional. aficionados. La esfera opalina / plateada con toques en negro y rojo fue un éxito, pero no creo que esté sola prefiriendo el nuevo reloj de esfera negra. Deportivo, moderno y con un movimiento indudablemente impresionante,replicas de relojes Patek ha creado con éxito una pieza digna de lujuria para aquellos de nosotros que respetamos la tradición sin ser agobiados por el peso del estilo polvoriento e inmutable.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas